Numa resposta mais imediata: não, não são iguais.
Contando que possam ser
pensados como livros que possuem características comuns – presença de uma capa,
uma contracapa, uma lombada e um miolo -, até essas podem ser insubstanciais.
Di-lo-ia apoiada na forma como concebemos, até aos dias de hoje, aquilo que é um romance e na forma como o leitor se posiciona perante ele. Tratando-se de uma narrativa em prosa e/ou em verso, conta uma história, seja ela verídica ou não. A leitura é feita para ser apreciada e saboreada, não procurando dar respostas.
As enciclopédias, por outro lado, servem como ferramentas de pesquisa, compêndios de conhecimento pessoal e auxiliares na história. Possuem o elemento da linearidade e da rapidez por parte de quem as consulta, concebendo a um propósito mais específico. Com o avançar da tecnologia e o surgimento de novos dispositivos, esta rapidez traduz-se de forma mais objetiva, pois é-nos possibilitado não só ter sempre uma enciclopédia à mão, como obter uma multiplicidade de respostas.
Ainda que atualmente
possamos aceder e transportar connosco um romance de grandes dimensões e todos
os volumes de uma enciclopédia, apenas através de um click, as
experiências e os propósitos de ambos não mudam. Se num procuramos
entretenimento, no outro pretendemos adquirir conhecimento.
Mariana Fernandes
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